sexta-feira, 23 de março de 2012

UMA RESPOSTA AOS IGREJADOS

UMA RESPOSTA AOS IGREJADOS
Inspirado no artigo do nosso amigo Renato Vargens, decidimos desenvolver um argumento contrário aos chamados "crentes ingrejados". Sei que o tema em questão poderá gerar polêmica entre alguns grupos igrejados, que não largam os púlpitos e as naves das igrejas por nada, nem mesmo para ir à esquina para evangelizar os drogados e os miseráveis que perambulam sem destino e sem salvação, mas vamos lá.
Há alguns anos venho meditando sobre a validade de ser ou não um crente igrejado, cansado do ritualismo e exagero pentecostal. Existe uma verdadeira idolatria por igrejas, por convenções pastorais, por clubinho religioso. Estou cansado de tudo isso. Jesus não veio ao mundo para fundar um grupinho de crentes enjaulados em quatro paredes, distantes da realidade que passa a sua volta. Prega-se hoje o evangelho de fora para dentro, quando Jesus anunciou o Evangelho de dentro para fora. É responsabilidade da Igreja anunciar o Evangelho ao mundo, curar os enfermos e expulsar os demônios. Mas como fazer isso se de domingo a domingo os crentes estão em suas igrejas, cantando os mesmos hinos, ouvindo a mesma pregação, orando a mesma oração, e ainda por cima tendo de aturar o pastor dizer que para ser obreiro o candidato tem de participar de todos os cultos e ser um dizimista fiel. Mas e as almas? Como cumpriremos a grande comissão senão largamos nossas igrejas? Senão sairmos do nosso comodismo para sacudir o inferno com a mensagem redentora da cruz?
Milhares de almas se perdem todos os dias sem ter alguém que lhes anuncie o Evangelho. Famílias inteiras vivem ao relento nas grandes cidades, enquanto existem igrejas monumentais, com televisões de última geração, poltronas de coro macio e banheiros aquecidos. É essa igreja que Jesus veio fundar? Uma igreja de velhos enrustidos e sem amor próximo? Não!
É possível contar nos dedos o número de igrejas que investem em missões, que tem grupos de evangelismo e assistem os pobres com um trabalho social de qualidade e transformador. O interesse hoje parece ser outro: marchar ao som da irmã ungida, carregar a malinha do pastor, ir a escola dominical apenas para fazer presença, desfilar sobre o tapete vermelho os vestidos e os ternos mais caros e de grifre. As vezes fico pensando como Jesus vê tudo isso. A igreja que ele resgatou com seu próprio sangue e deu-lhe o poder para transformar a sociedade, alienada em seu mundinho egoista e sem a unção do Espírito.
Estou decepcionado com a instituição eclesial, com todo esse ritualismo barato e sem vida. Jesus não prometeu o dinamos (virtude) do Espírito para nos amontarmos em igrejas, mas para que sejamos suas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra. (Atos 1.8). Hoje vemos exatamente o inverso: o perímetro missionário de muitas igrejas não vai além de suas portas. E aí de quem se levantar contra o ungido, pregar uma mensagem diferente daquela do cégo de Jericó, proferida pelo mesmo presbitero aos domingos a noite. São igrejas sem brilho, sem vida, sem Cristo. Estou cansado dessas igrejas.
A igreja que Jesus veio instituir não é a do salãozinho perto de sua casa, mas a igreja invisivel. Esta não se corrompe, não muda, não se vende, não titubea diante de uma alma carente. A igreja universal (não confundir com a IURD) está em sua casa, no seu trabalho, no seu dia - a - dia. Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu. Essas não são as palavras de Allan Kardec, Mokit Okada, Maomé ou Buda - são as palavras de Jesus. Todos esses personagens e outros mais fundaram instituições parasitárias, sem vida e sem uma promessa de salvação e alegria eterna. A igreja que Jesus veio instituir é diferente de todas as organizações e associações humanas - ela é um organismo vivo. Como tal, precisa estar em constante movimento. Todas as células, tecidos e órgãos dessa organização precisam viver em sintonia, senão teremos um corpo doente, limitado em suas atuações. A Igreja é corpo de Cristo no sentido que ela tem a vida de Cristo, é movida por ele e executa seus desejos. Como corpo de Cristo, precisamos refletir Cristo para o mundo.
Estou cansado da tese que o "Brasil é um dos países com maior número de evangélicos", que Deus esta fazendo um reboliço neste país de marias e josés. Somos, segundo algumas estimativas, cerca de 30 milhões de crentes. Parece muito? Pode até parecer, não fosse o fato que ainda existem cerca de 150 milhões de brasileiros que ainda não conhecem o Evangelho por completo. E os milhares de católicos? O Brasil é mesmo um país laico?
Fico triste em saber que muitos pastores não se preocupam com o avanço dos sectários neste país de Cabral; que se conformam com a simples cifra de 30 milhões de crentes amontoados em igrejas, que não largam os bancos e os púlpitos de domingo a domingo, que mal conseguem discernir entre o espiritual e o social. É preciso que eles saibam que existe um gigante para ser alcançado, que perto de cem tribos indigenas não tem nenhuma igreja evangélica, que milhares de brasileiros entram todos os dias para as fileiras do mormonismo e tjs.
Para se ter uma ideia, há igrejas em que os membros frequentam os cultos pelo menos 50 horas mensais, havendo outras não menos eufóricas que impõem aos seus membros torturantes 80 horas mensais de sermões e canticos repetitivos. Enquanto isso milhares de casas são visitadas por testemunhas-de-Jeová, mórmons e católicos carismáticos. E isso sem falar nas diversas religiões orientais que conquistam todos os dias mais adeptos para suas fileiras.
É preciso sair para fora para ter um encontro com Deus, para vivenciar um evangelho sem máscara, negociata e regras sem fins. Que bom seria se pelo menos uma vez ao mês, ao invés de se reunirem na igreja para celebrar o culto de domingo, os crentes tomassem as ruas do bairro com a mensagem salvadora de Cristo, ou então abrissem as portas para oferecer assistência aos drogados, prostitutas, mendingos e famintos materiais e espirituais. Isso sim seria levar o Evangelho de dentro para fora. Amo a igreja do Senhor, amo meus irmãos, mas abomino o ritualismo. E você, o que pensa sobre isso?
I'm free.
Autor: Johnny T. Bernardo
Fonte: INPR Brasil

Um comentário:

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